quinta-feira, 24 de setembro de 2015

140 caracteres pode parecer pouco para pensamentos um pouco mais profundos, mas é mais do que suficiente para dizer alguma, vá lá, bobagem.

Semana passada o Nenhum foi contratado para tocar na comemoração de bodas de um casal que gosta muito da banda, desnecessário dizer.

Eles, a princípio, resistiram à ideia de fazer uma festa: "vamos juntar aquela parentada que ainda vai sair falando mal", riam eles.

Entretanto os filhos do casal, dois rapazes, 17 e 14 anos, se não me engano, insistiram: "vocês sempre foram tão unidos, tão felizes. Isso precisa de uma comemoração".

Não, não estou inventando. Eles confirmaram tudo na minha frente.

Já fui um cara mais frio para esse tipo de coisa, mas faz tempo que venho deixando que certas emoções aflorem sem freio. Fiquei realmente feliz de estar ali naquela comemoração tão pessoal, tão importante para aquelas pessoas. Foi um momento muito especial para mim também.

Na ida para o aeroporto, no dia seguinte, fiquei fuçando no twitter, olhando as novidades e, olhando os tweets de uma outra pessoa, que eu não sigo, vi uma frase mais ou menos assim: "muito me estranha os homossexuais defenderem bandeiras tão rasgadas e falidas como o casamento e família".

Minha primeira sensação foi movida pela coincidência em relação àquilo que havia visto e ouvido no dia anterior. Depois pensei que existe uma confusão – politização, claro – em relação ao que alguns pensam saber dos homossexuais e do que eles realmente são. Para alguns, os homossexuais não são pessoas, mas uma ideia, e ai daqueles que recusarem os rótulos que a intelligentsia lhes impõe.
Pobres deles, sofrem nas mãos dos que os discriminam e nas mãos dos seus "salvadores".

O tuiteiro em questão era um já cinquentão e era saudado como "gênio" pelos seus seguidores.

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