quinta-feira, 18 de junho de 2009

On Tour

Dez dias de viagem a trabalho tiram alegremente o equilíbrio de qualquer um. O difícil é voltar atrás.

Não é segredo para muitos que faço faculdade. O que poucos sabem, mas calculariam com facilidade, é que estou na época de entrega de trabalhos.
Normalmente já há aí elementos – viagem+datas de entrega, lembra? – para se constatar o caminho, sem limite de velocidade, para o inferno. Acontece que acho estupidamente divertido escrever para esse blog. Mais do que tudo, pelo feedback que recebo dos amigos que o leem, mas o tempo para ele anda escasso. Ontem alguém me falou algo que me soou como um elogio – me corrijam se estiver errado: gosto do seu blog, mas gosto MESMO dos comentários que as pessoas deixam. Acho muito louco.

Louco?

O fato é que está difícil dormir. E só duas coisas me tiram o sono: precisar fazer algo sem ter a menor ideia de como começar e precisar fazer algo e ter a ideia precisa de como fazer e ficar com a sensação de que, se dormir, a coisa toda vai acabar no lugar da primeira coisa que me tira o sono.

Mas jurei para mim mesmo – com os dedos cruzados, por precaução – não abandonar o “Trocas” jamais. Só estou dando algumas pausas mais acentuadas entre os textos. Esse aqui, por exemplo, é um texto de pausa. Resolvi escrever porque não conseguia dormir, de novo. O único intuito dele é manter vocês, que provavelmente não têm problema para dormir – nem todos, né? – acordados, ou pelo menos com um rabo de olho nesta direção.

Fico muito tempo pensando em assuntos que mereceriam esse espaço. Assuntos relevantes de verdade, que valeriam o tempo de uma leitura. Olha, eu sou um cara formal, daqueles que escovam os dentes antes de falar no telefone, e tenho que tomar cuidado com isso. Não dá, simplesmente não dá para eu ficar pensando demais antes de escrever. As palavras vão ficando pesadas demais. Alguém também comentou sobre os meus textos que parece que eu escrevo com um dicionário aberto ao lado. Isso não me soou como um elogio, porque, às vezes, é verdade.

Abro o dicionário a esmo e procuro a palavra mais inusitada que encontrar e a uso. Pronto: confessei! Me sinto melhor agora. Podem parar de me esbofetear.
Consegui acordar vocês?

Hem?








Hello?